Dizem que de tanto chorar as lágrimas secam e de tanto gritar a voz desaparece.
Quando nem o choro nem o grito são mais notados como chorar?
Como gritar?
O rosto assume aquele ar impassível de túmulo.
Só falta a lápide?
Aqui jaz o desespero.
O salmista porém continua clamando.
Pode ser que sua voz esteja um tanto gasta e suas lágrimas comecem a rarear.
Mas ele clama.
Alguém ouve a sua voz.
Alguém lhe responde.
Alguém mostra por ele atenção e solidariedade.
Alguém lhe dá o abraço da proteção e do conforto.
Em nossa angústia clamamos.
E são tantos os momentos de angústia.
Tragédias que observadas nos outros não são tão grandes: rompimento com a pessoa amada, perda do emprego fim de um sonho qualquer.
Mas para nós é o fim do mundo nos atiram no desepero e na inércia total.
E o que dizer das tragédias que mesmo para os observadores mais frios e objetivos são consideradas terríveis: desemprego crônico, um casamento desfeito e vários filhos para cuidar incapacidade para o trabalho, doenças que não curam, morte prematura o que fazer?
Como enfrentar tanta angústia se não tivermos alguém a nos ouvir com os ouvidos mais abertos do mundo?
Como superar tanto sofrimento se não tivermos a certeza absoluta de que um DEUS cheio de Amor vai nos responder?
E este DEUS está ao nosso lado à nossa disposição.
E ELE faz até mais do que simplesmente nos responder: ELE nos chama nos convida e nos encoraja a clamar por ELE.
Não há por que secarem as lágrimas nem emudecer a voz.
DEUS nos ouve e nos responde.
Sempre...
Colaboração de Um Amigo de Deus J. C. Madeira